NOITE 05
NOITE 05
Não era fácil para a Martha ver seu amado caído no chão e morto, a moça chorou por incontáveis minutos, não era de seu feitio ficar entre a multidão, então a moça o fez sozinha, em seu quarto. Antes que iniciasse o julgamento, foi acordado entre os estudantes mais uma vez que explorassem a Academia em busca de pistas, mas Martha não o fez, afinal a moça tinha outros planos. Ela saiu de seu quarto com algo escondido em seu vestido, ela andava cautelosamente tentando não chamar atenção.
Ela tinha um plano, mas o mais importante é que ela tinha um suspeito e estava pronta para pegá-lo. Esperou pacientemente na frente de seu quarto, até que esta pessoa a viu. Quando a encontrou, Martha parecia abalada, abatida, a pessoa suspeita convidou a menina para entrar e conversar, mas não tinha percebido, aquilo era uma armadilha.
Martha continuou fingindo por alguns minutos, mas quando tocou em seu peito sentiu o frio metálico contra sua pele e se lembrou que estava ali por por um motivo. Ela retirou os objetos do peito e os empunhou, como quem estava pronta para cometer um assassinato.
— Por qu você matou ele, hein? — Indagou Martha com as tesouras em mãos. Ela estava irreconhecível, a garota tímida, medrosa e triste não existia mais, sua expressão era outra, seu sorriso era digno de um psicopata. — Por que você o matoooou? ME RESPONDA, SIMONE!
Simone estava sem palavras, aquela era mesmo Martha? Mas tudo fazia sentido agora, este era o motivo das pessoas morrerem dilaceradas por tesouras, todas elas foram vítimas de Martha. Acontece que Simone não era uma assassina, ela conhecia a si mesma, não havia machucado Vicente, mas nada que dissesse parecia poder mudar sua situação. A garota correu o quanto pode, fugi u de seu próprio quarto e se escondeu até o momento do Julgamento.
A moça entrou na Sala de Julgamento apreensiva, olhando para todos o cantos, Martha já estava lá, então Simone se certificou de ficar bem longe dela, até que pudesse expor tudo que sabia. — PUPUPU... — Ria o Monokuma. — Mais um Julgamento se inicia.
Desta vez a dinâmica soava diferente, era a quarta vez em que estavam ali, naquela posição, prontos para enviar alguém para execução. O mistério sobre o duplo assassinato fora resolvido por Simone, que esclareceu tudo aos seus colegas, enquanto todos ficaram chocados com a revelação, Will não esboçou nenhuma reação, talvez um psicopata reconhecesse o outro.
Martha sequer se defendeu, apenas levou todas acusações, entretanto ela atestou algo muito mais grave:
— EU MATEI AQUELE FILHO DA PUTA! SIM EU MATEI O IVAN! — Ela afirmou. — AQUELA CHATA DA AKIRA TAMBÉM! MAS EU NÃO MATEI MEU DOCINHO! AINDA HÁ OUTRO ASSASSINO! ESTE QUE ESTAMOS PROCURANDO! EU SEI QUE É ELA, A SIMONE MATOU MEU DOCINHOOO!
O assassino de Vicente permanecia descoberto, até que Oliver se lembrou de algo muito importante. — Não estamos esquecendo um pouco das outras mortes? — Ela olhou para Leon, fazendo com que todos voltassem sua atenção para ele. — De quem suspeitávamos anteriormente?
Isto ligou os fusíveis na cabeça de todos, este mistério estava estranho, mas os casos anteriores poderiam ajudá-los a encontrar a solução. Quando o grupo remanescente reuniu todas as pistas não havia dúvidas: Leon permanecia como principal suspeito, todos os votos foram para ele, a esta altura, culpado ou não, o jovem de cabelos ruivos estava declarado como morto.
— VOCÊS SÃO BURROS? — Gritou Leon, já agressivo. — VOCÊS ME MATARAM! SEUS MERDAS!
— Acabou, Leon. — Atestou Will.
Monokuma saiu de sua cadeira calmamente e se posicionou de frente ao rapaz, sua expressão maliciosa revelava que o robô tinha planos bem específicos para sua morte. Leon fora amarrado e carregado por Monokuma até um poste, onde todos podiam atirar nele com uma pistola., os estudantes não pareciam muito felizes com isso, mas Martha parecia determinada, ela levantou a arma e apontou para Leon.
— Você matou meu docinho! — Ela disse, enquanto puxava o gatilho.
— Meus parabéns. — Disse o Monokuma. — Vocês sobreviveram até aqui! Não é engraçado? Conseguiram encontrar todos assassinos, sujaram as mãos de sangue no processo, mas isso importa? Não foi tããão divertido? PUPUPU. Devem estar se perguntando o que devem fazer agora, pois bem, aqui está a chave para minha sala. Vejo vocês lá! — O robô desapareceu, agora os aguardava no primeiro andar, em uma sala que nunca pensaram antes que poderiam entrar.
GAME OVER
Acabou?
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