NOITE 02

 NOITE 02



A morte de Alice foi uma notícia chocante para alguns dos estudantes, que não conseguiam conceber o fato de estar em um jogo de assassinato mútuo. O clima de tensão se espalhou rapidamente, algumas pessoas decidiram não confiar ninguém e investigar sozinhas, visto que um julgamento iria acontecer mesmo que elas se recusassem a  acreditar na atual situação. 

 A exploração ocorreu de maneira tranquila, alguns encontraram coisas relevantes e  guardaram os achados para si,  outros decidiram  compartilhar coisa ou outra com alguns que consideravam confiáveis, mas o clima de desconfiança permanecia pairando no ar. O horário do Julgamento se aproximava e a medida que o tempo avançava todos ficavam apreensivos. 

Ao chegarem na sala de Julgamento  repararam que o Monokuma já estava lá, os aguardando, um a um os estudantes ocuparam seus lugares e assim deu início ao debate. — Hora do Julgamento! —  Anunciou o urso Monokuma. 

— Alice foi morta. —  Dizia Jade. — Temos que encontrar esse assassino! 


— A Alice... era nossa amiga! Isso não pode terminar assim. —  Completou Simone. —  Pra mim só existe um culpado para isso tudo e ele é o Leon!

O rapaz de cabelos ruivos olhou para ela com desdém. —  VAI SE FERRAR! —  Gritou. Leon havia ficado furioso. —  Baseado em quê você tá dizendo isso?

— Eu não tenho como provar ainda, mas sei no meu coração que estou certa!  — Respondia a moça, com uma expressão determinada. 

— Uma acusação sem provas? — Dizia Vicente. —  Melhore, garota! Não é assim que se faz! Eu reuni algumas informações úteis: Encontrei alguns papéis no quarto da Alice, eles provam que ela era Ultimate Espiã. Além disso,  no quarto dela havia vidros quebrados e um pano, talvez o assassino tenha sedado a garota e ela resistiu, fazendo com que o vidro se quebrasse.

—  Faz sentido! Faz sentido! Eu encontrei coisas também! —  Disse Will, animado. —  Vocês não vão acreditar, mas havia uma garrafa quebrada no Incinerador também. O Assassino deve ter ido lá, né?

— Isso... Faz sentido. —  Concordou Martha, surpreendendo a todos, a garota não era muito de falar. —  Me faz acreditar que a vítima conhecia o assassino e o deixou entrar, talvez eles fossem amigos e o assassino entrou para "conversar". 

 — Esse Vicente... Vão mesmo acrditar no que esse moleque diz? Ele é um fudido isso sim! —  Desta vez era Ivan quem falava. Sua provocação não foi muito bem recebida pelo outro rapaz, que respondeu de maneira perturbadoramente calma.  —  Silêncio insolente. Você não tem QI para participar dessa conversa.

—  Alguém tem que meter o soco nesse filho da puta loirinho. —  Dizia Leon., mas não parecia se esforçar para bater ele mesmo. — Ele tá pedindo.

— E se Alice deixou o assassino entrar, isso significa que ela confiava nele, não é? —  Interviu Sonia. — Talvez eles tenham planejado fazer algo escondido...vocês sabem.

— Então você está sugerindo que a Alice é uma vagabunda? Humpf, é bem provável. —  Dizia Vicente, sem perceber o que viria a seguir. Simone posicionou-se bem na frente dele e lhe deu um tapa. 


—  LAVE SUA BOCA PRA FALAR DA MINHA AMIGA SEU PORCO IMUNDO. —  Insultou Simone, furiosa. Após uma calorosa discussão entre os dois, foi a Chloe quem os separou, alegando que tinha algo muito importante a dizer. 

— Eu sei que vocês estão brigando pela Alice, mas não se preocupem, eu rezarei para ela todos dias! Sei que eu mandei ela para um lugar bem melhor! — disse Chloe, olhando todos nos olhos cm um sorriso questionável. — Ela está melhor agora, gente!

— O que tu disse Alice? — Indagou Fred. — Você a.... mandou pra um lugar melhor? Você quem a mandou? Xi... que suspeito.

As suspeitaram caíram para cima de Chloe, que se expressou da pior maneira possível, a garota tentava de todo jeito, não era do seu feitio argumentar para se defender, o que aconteceu a seguir parecia um delírio coletivo, mas era real. As acusações tomaram proporções gigantescas e começaram a pegar pesado com a pobre Chloe, ela se via num beco sem saída enquanto todo, sem exceção, a empurravam contra um muro.

Não se sabe ao certo quem começou, mas após a votação todos decidiram que para acabar com esse jogo deveriam seguir as regras dele, era óbvio o que precisavam fazer: o assassino também precisava ser morto. Chloe foi pega pela multidão e começaram a sua punição, diversos golpes atingiram o corpo frágil dela, a garota não teve sequer chance de resistir.  Não interessa quem deu o primeiro golpe, todos tiveram seu papel na morte dela, Chloe estava morta.


Chloe, Ultimate Jovem Mística, Morta

Chloe era Alana.

Apesar de parecer suspeita, Chloe não era uma assassina. Isso foi atestado pelo Monokuma minutos depois da execução da moça. A noite havia chegado e todos deveriam retornar aos seus quartos, este era o fim do Julgamento. A cabeça dos estudantes estava pesada de culpa, eles se reuniram na cozinha para conversar as coisas que precisavam ser ditas, afinal a afobação e o desespero os levaram a eliminar uma inocente. Suas conversas foram interrompidas por algo inusitado, uma pessoa se aproximava da cozinha com o rosto confuso.

Mais confusas ainda foram as reações que não acreditavam no que estava acontecendo bem na frente deles.


— Galera, ques caras são essas? — Perguntou Alice, sem nenhum sinal de que sabia o que estava realmente acontecendo. Ela não tinha nenhum sinal no corpo que aparentasse estar morta, era como se nada tivesse acontecido. — Parece até que alguém morreu, credo.


  

RESTAM 14 ESTUDANTES


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