DIA 05
DIA 05
Já era noite quando Fred recebeu seu Julgamento, a notícia de que um assassino fora descoberto não havia sido recebida com felicidade, afinal o assassino em questão alegava ser amigo das pessoas ali, se mostrava uma pessoa confiável e amigável, os pobres estudantes não percebiam o quão tolos pareciam ao confiar uns nos outros.
Akira havia marcado uma apresentação para animar seus amigos, que não pareciam felizes ultimamente. O desânimo tomava conta dos estudantes e aos poucos eles iam perdendo também o brilho do olhar. Como uma garota gentil ela pediu ao Monokuma que preparasse um palco no ginásio e ele atendeu aos pedidos dela. Ela trouxe seu próprio instrumento, uma guitarra, e iniciou seu show. O público se animou um pouco, visto que Akira era muito talentosa, e por alguns minutos conseguiram esquecer as mortes que vinham ocorrendo, mas a felicidade não duraria muito.
O tempo se passou e o show acabou, a tripulação voltou a permanecer inquieta, se três assassinos morreram e o jogo ainda não havia acabado, alguma coisa estava estranha. Havia mais assassinos a solta, esta era a única explicação possível. Simone e Oliver caminhavam tranquilamente entre os corredores, indo em direção aos seus próprios quartos. A caminhada fora interrompida ao ouvir um sussurro, eles imediatamente se perguntaram quem estava cochichando. Não era possível saber, mas eles acharam estranho, algumas coisas da conversa poderiam ser ouvidas, mas eram desconexas.
O garoto havia ouvido as palavras "arrogante" e "loirinho", estaria esta pessoa falando de Vicente? Ambos decidiram melhor não bisbilhotar para não encontrar encrenca e voltaram para os quartos. Quando meia noite chegou, a televisão em todos os quartos se ligaram, com um aviso do Monokuma.
— Olá a todos. Espero que estejam tendo uma noite tranquila. PUPUPU Aproveitem, pois esta será a última noite para um de vocês! — Ele provocou, mas logo se fingiu de inocente e mudou seu tom de voz para um mais doce e suave. — Acordem todos vocês, me encontrem na sala de vídeo.
Um a um os estudantes saiam de seus quartos, alguns pareciam já ter dormido e que foram acordados, outros não parecia já estar nos seus planos dormir esta noite. Todos se reuniram por fim na Sala de Vídeo, onde o urso robótico os esperava com uma fita da mão. Ele olha os estudante diretamente em seus olhos, até que pareceu se cansar da tortura psicológica e mostrar o que queria. — Imagino que sintam saudade de casa. — Disse Monokuma, iniciando o a reprodução do vídeo. — O que acham de dar uma olhada em como estão suas casa e famílias?
O vídeo iniciava com a casa de Oliver, era noite e estava tudo escuro na rua. A câmera acompanhava os passos de alguém que a segurava, a pessoa entrou pelo portão e adentrou na sala, focou a câmera no sofá, que estava rasgado e destruído, todos outros cômodos pareciam revirados, em um segundo foi possível ver a família de Oliver sentada no sofá, sorrindo, mas a imagem mudou rapidamente como um glitch para a versão destruída do móvel. A cena passou e assim um a um os estudantes viram como estavam suas casas: todas destruídas.
— O que você fez com nossas famílias seu desgraçado????? — Gritou Leon.
— Não se desespere ainda PUPUPU, o vídeo não acabou.
Leon saiu furioso da sala, enquanto os outros pareciam assustados, atônitos, sem saber no quê exatamente acreditar.
A manhã havia chegado e ninguém atendeu ao encontro matinal, como bem observou Will, que esperou a manhã inteira por alguém chegar na cozinha, mas não veio sequer uma pessoa, talvez estivessem com fome ou talvez tivesse acontecido alguma coisa. A possibilidade de encontrar algo divertido para fazer animou Will, que decidiu explorar para ver o que estava acontecendo pela Academia.
O segundo andar, bem como o primeiro, estava vazio, mas desta vez uma coisa estava diferente: as escadarias abriram, o que significava que o terceiro andar estava disponível. Para a surpresa do garoto o resto da tripulação já estava lá, investigando, mas não o convidaram! — Você chegou. — Martha disse, antes que ele subisse as escadas. — Temos novos corpos.
Ao ouvir a palavra "corpos", Will esboçou um sorriso. Martha o conduziu até onde haviam encontrado o a primeira vítima. Eles desceram novamente até o primeiro andar e entraram no único lugar que Will havia deixado passar na sua tour pela manhã: o ginásio. Lá estava um corpo, pendurado pelo pescoço por uma corda, o palco que antes servira para trazer alegria agora trouxe mais tristeza. Um saco cobria a cabeça da pessoa, mas sua identidade era clara pelo cabelo que possuía.
Ao observar de perto Will notou que mesmo pendurada por uma corda, Akira tinha uma tesoura cravada em seu peito.
Nenhum dos dois parecia estar chocados com a imagem, a esta altura Will já não se importava mais com a vida de assassinato, afinal, até que todos assassinos fossem pegos ele teria de lidar com um ou dois mortos toda manhã. Sua curiosidade agora estava no próximo corpo, quem teria sido a próxima vítima?
O corpo estava no terceiro andar, uma área ainda cheia de mistérios, ela destoava do restante dos ambientes por realmente se assemelhar a uma nave espacial, com corredores de LED e diversos aparatos tecnológicos que os estudantes não sabiam muito bem como funcionava.
Uma trilha de sangue levava até o local, onde encontraram alguém que não esperavam: Alice estava lá também, revirando o corpo. Martha ainda não sabia da identidade do falecido, mas veio aos prontos quando o viu, não desmaiou, mas foi por pouco, ela se lembrou imediatamente do dia em que ele havia a segurado para que não batesse a cabeça no chão, havia sido no primeiro julgamento, desde então ela o amava. Isso mesmo, a segunda morte era de Vicente, o coitado estava acabado, seu pescoço roxo, o rosto que antes Martha achava tão bonito estava completamente maculado, sujo e machucado. Ela jurou vingança naquele segundo.
(Imagem ilustrativa, não havia Monokuma atrás dele, nenhum Monokuma foi machucado para produzir essa imagem)
Vicente, Ultimate Herdeiro, Morto
Vicente era Larissa.
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